domingo, 28 de fevereiro de 2010

Senhora Oráculo, Margaret Atwood


Este livro é um romance com toque policial. Aqui vamos seguir os passos de Joan Foster, personagem principal, casada com Arthur, um marido que a oprime. De gorda a magra, de ruiva a morena, de Londres a Toronto, do conde polaco ao marido opressor, de mulher acomodada a respeitada escritora, é esta a vida de Joan Foster que um dia, cansada de tudo toma uma uma decisão para a qual não vê retorno: simular a sua própria morte.

Planeei com todo o cuidado a minha morte; ao contrário da minha vida, que passou sinuosamente de uma coisa para outra, apesar das minhas débeis tentativas para a controlar. A minha vida tinha tendência a dispersar-se, a tornar-se lassa, a fazer arabescos e festões como a moldura de um espelho barroco, o que acontecia por seguir a lei do menor esforço.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Arco Iris, Banana Yoshimoto

Depois de ver morrer a sua mãe e a sua avó, Eiko decide partir par Tóquio onde irá iniciar uma nova fase da sua vida. Assim começa a trabalhar no Arco-Iris, um restaurante polinésio acabando por, involuntariamente, num drama emocional com o casal de proprietários. Cansada de um ambiente de mentira e traição decide fazer uma viagem ao Thaiti.

Percebi claramente ao que me estava a agarrar naquele período. Era o que a minha mãe me havia ensinado...para continuar a viver, era preciso trabalhar com serenidade e seguir o preóprio caminho trabalhando com serenidade e seguir o próprio caminho prestando atenção a onde se põe os pés, para não ficar enredado em questões intrincadas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

As Batalhas no Deserto, José Emílio Pacheco

Este pequeno livro conta a história de um amor impossível, narrada numa obra que ainda guarda espaço para abordar temas como a corrupção social e política, a modernização do México ou o desaparecimento do país tradicional.
Aqui conhecemos a história do amor de Carlitos pela mãe do seu amigo Jim. Através da visão deste menino vamos conhecendo a realidade do México, as famílias, os negócios, os amores e desamores.

Graças à briga, o meu pai ensinou-me a não desprezar. Perguntou-me com quem me tinha enfrentado. Chamei "índio" ao Rosales. O meu pai disse-me que no México éramos todos índios mesmo sem saber nem querer. Se os índios não fossem ao mesmo tempo os pobres ninguém usaria essa palavra como um insulto.

Este livro venceu diversos prémios literários como o Prémio Internacional Octavio Paz ou o Premio Ibero-Americano Pablo Neruda.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos


Este é um livro que tem marcado gerações como a comovedora história do pequeno Zezé e da sua amizade com o seu querido Portuga: Manuel Valadares.
A crise abate-se sobre a família de Zezé e o dinheiro mal chega para alimentar todos. Por isso a paciência também se esgota mais facilmente para as traquinices do caçula que acaba por apanhar quase todos os dias. Pensa que ninguém gosta a sério dele a não ser o seu pé de laranja lima que cuida com toda a atenção. Isto até conhecer Manuel Valadares, um portuga que tem um lindo carro. Apesar do primeiro encontro não ter corrido da melhor forma a verdade é que acaba por acontecer ali uma bela amizade que irá "terminar" de forma trágica.

No final, José Mauro de Vasconcelos faz uma confissão:
Os anos se passaram, meu caro Manuel Valadares. Hoje tenho quarenta e oito anos e às vezes na minha saudade eu tenho a impressão que continuo criança. Que você a qualquer momento vai me aparecer me trazendo figurinhas de artista de cinema ou mais bolas de gude. Foi você quem me ensinou a ternura da vida, meu Portuga querido

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