Um homem de pé, olhando: a praia, o mar.
Entre o homem que olha e o mar, junto do mar, alguém caminha. Um outro homem. À esquerda, uma mulher de olhos fechados. Sentada.
O triângulo fecha-se com a mulher de olhos fechados, sentada contra um muro que separa a praia do fim da cidade.
O homem que olha está entre esta mulher e o homem que caminha junto ao mar.
Como o homem caminha, persistente, com igual lentidão, o triângulo forma-se e deforma-se, sem nunca se quebrar. Este homem tem o passo regular de um prisioneiro.
Três. São três pessoas na luz obscura, na rede lenta.
O mar é o elemento central, conciliador entre estas três pessoas que se encontram em estados de espírito diametralmente opostos mas que colidem numa palavra: amor.
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