
domingo, 14 de dezembro de 2008
Fahrenheit 451, Ray Bradbury

Era um prazer queimar.
Era um prazer especial ver as coisas devoradas, ver as coisas enegrecidas e alteradas. Com o bico de bronze nas mãos fechadas, com esta grande píton a cuspir o querosene venenoso sobre o mundo, o sangue latejava na sua cabeça e as mãos eram as mãos de um extraordinário regente a conduzir todas as sinfonias ardentes para fazer caír os farrapos e as ruínas de lenha da história.
Neste livro os bombeiros não são os que lutam contra o fogo mas os que o instigam para queimar os livros. Assim vamos seguindo os passos do bombeiro Montag que conhece uma rapariga que questiona o que até então lhe parecia inquestonável. Ela desaparece mas é assim que vai conhecer Faber que vai contar-lhe como recorda algumas passagens que memorizou de livros que um dia leu.
Temos tudo para ser felizes, mas não somos felizes. Falta qualquer coisa. Olhei à minha volta. A única coisa que percebi que tinha desaparecido eram os livros que queimara durante dez ou doze anos. Por isso pensei que os livros pudessem ajudar.
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