A história de Clara conta-se em poucas palavras mas só no fim a saberemos ao pormenor. Ao longo do livro vamos acompanhando o amor de Sebastião por Clara que o leva a acompanhá-la sem resistências por vezes tendo que lidar com a quase crueldade com que ela o trata. É para não criar falsas ilusões como a própria diz. Porque no amor muitas vezes acabamos por ser levados pela ilusão e Clara não quer que isso volte a acontecer consigo.
Clara não vê e embarca com Sebastião para o Brasil e juntam-se a um grupo que se propõe redescobrir a rota feita pelo Padre António Vieira.
Clara usa Vieira como mapa para encontrar o seu caminho. Sebastião ama-a, tenta seduzi-la, ele que nunca teve que seduzir ninguém. Ela foge de alguém com quem "partilha demasiadas afinidades para conseguirem ser amantes". No "Portugalinho do cá vamos andando" sente-se incompleta. No Brasil, "terra com odor de sobrevivência", sente-se aceite. Foge da "pena contínua que os amigos portugueses tinham dela."
Um livro que é também uma lição, de amor e de vida.
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