domingo, 1 de fevereiro de 2009

"Travessuras da Menina Má", Mario Vargas Llosa

Neste livro vamos seguir os passos de Ricardo que vê cumprido o sonho que desde a infância acalentava: viver em Paris. Mas este sonho cruza-se com o sonho de viver o grande amor da sua vida: Lily, a chilenita. Ainda no Perú em plena adolescência, conhece a pequena chilenita que vai despois reencontrar ao longo da vida nas mais diversas ocasiões e com ela assumindo as mais diversas identidades.

Desque que tinha o uso da razão que sonhava viver em Paris. Provavelmente foi culpa do meu pai, daqueles livros de Paul Féval, Júlio Verbem Alexandre Dumas e tantos outros que me obrigou a ler antes de morrer no acidente que me deixou órfão. 

Mas esta é também uma história que vai dar a conhecer ao leitor a Europa das décadas de 60, 70 e 80. A vida dos emigrantes em Paris, as dificuldades e as comunidades que se criavam. 
E é em Paris que Ricardo reencontra a chilenita como Camarada Arlete. Depois em Londre voltará a encontrá-la já com outro nome e depois em Tóquio a viver quase como uma gueixa. Através desta história de amor quase dolorosa vamos, enquanto leitor, perdendo e ganhando a fé no amor.

- Fico contente por vires. Embora não nos vejamos muito estou sempre a lembrar-me de ti. Queres que te diga porquê? Porque és o único amigo que me resta.
-Eu não sou nem nunca serei teu amigo. Ainda não reparas-te nisso? Sou teu amante, teu apaixonado, o fulano que desde pequenino está doido pela chileninha, a guerrilheira, a mulher do funcionário, a do criador de cavalos, a amante do gangster.
O borra-botas que só vive para te desejar e pensar em ti.

Esta histório é sobretudo uma história de amor e um desafio à capacidade do leitor de acreditar neste rosto do amor.


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